Prezados/as,
Fato lamentavel, mas aí está mais um retrado de nossa "humanidade":
O cão lutou instintivamente pela sobrevivência, nadando e latindo durante mais de 9 horas até perder as forças e morrer afogado. Ninguém apareceu ou se ofereceu para ajudar quem pedia por socorro.
"A verdadeira garantia do indivíduo não consta no seu esforço pessoal e isolado, mas na solidariedade humana" Frase de Mikhail na obra de Dostoievski: Os irmãos Karamazov.
Este e-mail vem no sentido de apenas informar um fato que está se tornando corriqueiro, o descaso com todo tipo de vida que nos cerca. A morte de um "simples" cão, à primeira vista, parece ser algo a desconsiderar, afinal, para alguns esse tipo de acontecimento é o que menos importa. Pois nao sabem e ignoram qualquer tipo de relação que os animais, principalmente os de rua, têm com a cidade e com sua vida, assim como também nao enxergam na violênica urbana, banalizada e insistentemente camuflada pela falsa noção de segurança, qualquer relação de parentesco com sua idéia de mundo e de ser humano.
Por isso, venho através desse e-mail afirmar que, não menos cruel que as ações de bandidos que tanto criticamos, é a nossa indiferença. Afinal, nem nos damos mais conta de que, com nosso egoísmo ou individualismo, continuamos "dominando" e destruindo quase tudo. Inebriados em nossa sêde de consumo, continuamos " gentilmente" estúpidos ou cínicos, esquecemos de olhar para os lados e para trás, e perdemos a necessidade de sentir a profundidade das coisas simples, tais como as formas dos olhares dos cachorros, ou das atitudes das crianças, que dizem muito mais sobre o que somos do que imaginamos ser ou conhecer.
Não por acaso citei a obra "Irmãos Karamazov", de Dostoiévski (tido como fundador do realismo) por lembrar a impressão que me causou a maneira como ele descreve o olhar do cachorro.
Para os interessados, segue abaixo um resumo da obra:
Embora eu esteja decepcionado e impotente por estar tão longe e nada ter conseguido fazer pra ir até o local salvar o animal da agonizante e iminente morte, da qual ele instintivamente fugia e por socorro latia (pediu ajuda das 3 da tarde até a meia-noite), não significa que eu esteja apelando comoção pela desgraçada morte desse cãozinho, que nadou até perder as forças e afogar-se num traiçoeiro córrego na mata de um bairro curitibano, descrito no e-mail que pedia ajuda a qualquer pessoa que tivesse mínima misericórdia e alguma coragem. Enfim, eu trouxe estas palavras para que pensemos melhor e com mais profundidade nas coisas que dizemos ou ensinamos a nossos filhos e alunos, principalmente nas formas como reproduzimos a violência.
Um abraço.
Rogerio Goulart da Silva
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Biologicas
Celular: 0055 - 41 - 98 91 96 63
Fone/fax: 0055 - 41 - 33 60 43 32
p.s. Este e-mail serve apenas de repasse de uma informaçao "comum" que se perde no dia-a-da da próspera e bem educada sociedade brasileira, neste caso, curitibana, cantada como cidade "modelo" aos 4 cantos do mundo. Pois a "falsa loira" continua escondendo seus problemas sob a égide do progresso e de novas receitas sociais!!! Mas não quero polemizar sobre esta "falsa loira" ambivalente e esquizofrênica chamada Curitiba, com quem tenho relação de apego e rechaço. O neologismo aqui usado serve apenas para provocar inquietudes sobre nosso papel na cidade. Se provoquei alguma inquietude, me dou por satisfeito e trago agora o acontecimento que provoca o meu pensar o meu fazer, quiçás toque a quem se deixa tocar
A senhora que estava pedindo ajuda ligou para a Rede de Proteção e quem atendeu disse que não podia ajudar por não ter ninguém no setor e que não valia a pena para quem estava pedindo ajuda sofrer tanto.
ResponderExcluirÉ possivel que o cão ja estivesse morto , não foi dito que iria ver quando as pessoas retornassem ou iria tentar falar com outro setor.
Não se deu ao trabalho de ligar os telefones ou por estar ocupado(a) , e isto para mim não e´desculpa.
Então que encaminhasse os telefones de grupos que poderiam ajudar como soube mais tarde por troca de e-mails que poderia ter ajuda da Força Verde e da Polícia Ambiental para tentar ajuda .
O que parece e´que não não podemos contar com setores institucionalisados com esse ranço e não vou dizer mais nada.....CHEGAAAA!!!!!
TEMOS QUE CONTAR SÓ CONOSCO E COM QUEM SE SENSIBILISA PARA QUE A AJUDA CHEGUE RÁPIDO, OU CRIAR COM NOSSOS POUCOS RECURSOS ALGO QUE NOS AUXILIE NESSAS HORA .
ESTAMOS SEM APOIO E SEM AJUDA NAS EMERGÊNCIAS .
Nem a guarnição dos bombeiros que foi acinoada,foi lá .Se tivessem ido à noite quando o cão ainda estava vivo ou até de manhã quando foi ligado de novo para êles teriam conseguido salvar o animal. A morte por afogamento que foi como o animal morreu desencadeia um sofrimanto intenso, é uma das piores mortes
Quem foi até lá foi a Guarda Municipal e não conseguiram resgatar porque era mata fechada.
Segundo relatos Esse animal gritou durante 15 horas .
Quando se conseguiu voluntários que entraram, o encontraram afogado num córrego que havia na mata, quem entrou para tirar o animal que foi encontrado ja morto não questionou se a mata era serrada , se haviam cobras , se tinham trabalho para entregar ou simplesmente se não tinham quem pudesse ir ajudar , simplesmente foram prstas ajuda, porque era o era certo para se fazer para se tentar salvar uma vida, seja ela que espécie de vida fosse .
A morte por afogamento desencadeia um sofrimento intenso, é uma das piores mortes por ser por asfixia.
Como aliás vimos na semana que ocorreu a mesma ação do pedido de ajuda para os bombeiros com um gatinho , quando disseram que não iam .
O gato só saiu da árvore quando despencou no chão depois de seis dias gritando em cima da árvore , além do sofrimento do animal e de quem acompanhou la vai despesa para o tratamento do gato de quem saiu correndo e deu socorro o levando numa clinica veterinária .
Será que tem alguma lei para multar e penalisar administrativamente os que não atendessem os apêlos de ajuda para os animais?
Segue abaixo o e-mail de pedido de socorro .LEYLA