From: pinheiro.gilberto@bol.com.br [mailto:pinheiro.gilberto@bol. com.br]
Interessante é a contradição humana, as armadilhas que algumas pessoas preparam para si mesmas, sempre colocando-se em beco sem saída, quando há singular e inteligente argumentação por parte de algum opositor às suas ideias. Poderia citar várias questões, pois a contradição é parte integrante da natureza humana e muito desconhecimento, por falta de leitura e estudos sistemáticos. Poucos valorizam a crítica e os que criticam são vistos como ...detratores. Não sabem que criticar é analisar, indagar, perquirir com desenvoltura, buscando o progresso e a prática da verdade.
A SUPERFICIALIDADE DAS RESPOSTAS
Quando indagamos sobre qualquer assunto, seja o mais simples possível, a resposta parece padrão: a superficialidade, sem levar em consideração a profundidade da questão. Aliás, nós, brasileiros, não temos muito hábito de ler, de nos informar. São poucos os que valorizam o saber e, esses poucos, tornam-se, equivocadamente, mal-compreendidos, considerados soberbos, metidos a tudo saber. Ora quem estuda, sempre sabe mais que aquele que é raso em seus comentários.
A FALTA DE INICIATIVA DOS QUE CRITICAM OS DEFENSORES DOS ANIMAIS Refiro-me especificamente a um fato padrão que me causa indignação: quando ajudamos os animais e os defendemos, sempre aparece um precipitado dizendo: por que em vez de cuidar de animais, não cuida de humanos, pois há crianças precisando de ajuda???
É verdade, há crianças muito pobres, esquecidas e discriminadas pelo sistema em que vivemos, valorizando a cultura do ter em detrimento do ser; o mesmo ocorre com pessoas humildes e ido sos, principalmente.
Claro que temos que cuidar desses seres fragilizados. Mas, os animais também merecem atenção, principalmente, os abandonados por pessoas que, mesmo com consciência que estão errados, jogam-nos nas ruas da amargura, como se fossem lixos, objetos inúteis e descartáveis.
E podem ter certeza de um fato: todas as pessoas que fazem essa crítica não ajudam humanos e, muito menos, aos animais. São os hipócritas, os mesmos que Jesus se deparou em sua época, levando-se em consideração os séculos diferentes.
Todo ser vivo merece atenção, principalmente, quando estão sofrendo.
AS RELIGIÕES PODERIAM AJUDAR A MODIFICAR PARADIGMAS EM RELAÇÃO AOS ANIMAIS
Quem poderia auxiliar neste trabalho de aperfeiçoamento do ser humano, conscientizando-o que o amor é para todas as manifestações de vida?
As religiões!
Mas , não é prerrogativa de nenhuma delas colocar o animal como símbolo de nossas preocupações, como os humanos.
Por quê?
Porque a cultura ainda não se modificou. Hábitos milenares e atávicos ainda estão presentes no coração humano entendendo erradamente que os animais são seres "inferiores", sem valor e foram criados para "servir ao homem"(???)" com sua pele e carne. Todas pensam assim.
A FALTA DE INICIATIVA DOS ILUMINISTAS
Na Idade Média já se pensava assim - animais não tinham valor e apenas eram explorados pela causa humana.
A Europa era o centro do mundo e tinha essa versão errônea da vida. E o pior é que os iluministas, a partir do Século XVII. não deveriam assim pensar, pois visionários que eram, teriam essa grande chance de reformar o mundo em relação à perseguição aos animais. Mas, abstiveram-se, calaram-se, pois a discriminação a animais e minorias sempre foi a tônica arrogante dos déspotas e idiotizados daquele tempo.
Ora, discriminavam-se os negros, os pobres. Imaginem o que pensavam sobre os animais.
As religiões cristãs, de uma forma geral, são necessárias e cultuadas e nada tenho contra elas. Apenas, entendo que em seus estudos, homilias e palestras, deveriam destacar todas as manifestações de vida. Mas, isso quando ocorre é algo esporádico, e pessoal, ficando a critério de algum servo de Deus idealista e reformador.
PADRE MARCELO ROSSI E O PRECONCEITO CONTRA OS GATOS
O Jornal Tribuna de Piracicaba publicou matéria em que o padre Marcelo Rossi falou mal dos gatos em sua homilia. Ora, um pastor é formador de opinião e, mesmo sem a intenção de ofender, pregar a perseguição aos felinos, não deveria se manifestar dessa forma. Mas, foi bombardeado pelos defensores dos animais, inclusive, por mim e terá que se retratar.
Há pouco tempo, indispou-se com o Padre Fábio de Melo publicamente, por causa do lucro de suas canções/
há dois meses, foi a um programa televisivo de culinária ensinar a preparar uma "deliciosa"(???) carne de ovelha. Esquece que Cristo era vegetariano como os antigos Essênios. Parece que o padre anda preocupado com sua pouca notoriedade. Eu enviei e-mails à CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil registrando todos esses fatos. Parece-me que foi obrigado a se retratar, pois o que ele pensa sobre os animais não tem reverberação no Vaticano, quando o Papa atual ama os animais, pedindo aos fieis que os protejam. Esse é o verdadeiro cristianismo que precisa ser colocado em prática.
OS DEFENSORES DOS ANIMAIS
Os defensores dos animais formam o segmento mais atuante e unido em todo o Brasil. E ninguém rec ebe salário ou qualquer ajuda financeira. Trabalham gratuitamente por or amor à causa e ainda gastam dinheiro de seu bolso, na compra de remédios, internação de animais e alimentação. Isso é cristianismo, isso é prece, oração transformadas em ação.
ÍNDIGOS
Muitos falam em seres humanos "índigos". índigo não é a pessoa notável, de inteligência acima da média. Mas, os que têm coração, sentimento e são ...reformadores do mundo. São aqueles que desafiam pacificamente o que está mensurado no erro, modificando-o, pressionando autoridades por leis atuais e mais humanas em respeito à vida, à natureza e sua diversidade. Os defensores dos animais são seres índigos, com toda a certeza, ganhando visibilidade a cada dia que passa, atraindo adeptos à causa humana e sensibilidade social.
Acabamos com as touradas na Catalunha e a partir de janeir o de 2012, encerram-se, definitivamente, as touradas em Madrid e todo o território espanhol.
APENAS TEMPO PARA A MUDANÇA DE HÁBITOS A FAVOR DOS ANIMAIS
Portanto, que fiquem os reacionários roendo as unhas de inveja, pois nós mudaremos o mundo a favor dos animais. Venceremos outra batalha difícil: acabar com os sacrifícios de animais em rituais religiosos.
Aos incrédulos, dêem-nos tempo e verão essa auspiciosa realidade. É questão de bom senso apenas, nada mais e o verdadeiro cristianismo habita nos corações pródigos de amor e respeito à vida e não dentro de templos que ensinam a orar, rezar, ministrar preces mas de atitudes inócuas.
GILBERTO PINHEIROjornalista e músico
Rio de Janeiro / RJ
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