Relato de Leyla:
"Mês passado a cadela Nega teve seus bêbes numa rua do Jardim das Américas (foram 11) nesse local foi chutada por um homem de tal forma que um senhor que morava nessa rua,não só chamou a atenção do individuo como relatou o fato quando foram resgatá-la.
Ninguém podia se aproximar porque ela atacava principalmente se fosse homem.
O protetor Rogério a fotografou na segunda-feira e como não conseguia resgatá-la foi até a casa da Marion em busca de ajuda no sábado , lá chegando a Marion se aproximou e a pegou no colo , a cadelinha não esboçou nenhum sinal de agressividade , pelo contrário era muito dócil e carinhosa(a primeira foto é do resgate da Nega).
Quando foram procurar os filhotes descobriu-se que ela guardava um ninho vazio.
Em busca de informações descobriram que os filhotes tinham sido amarrados num saco plástico para que a cadela fosse embora dali. A mesma não foi embora e continuava no mesmo local aguardando a volta dos filhotes.
Um morador encontrou e resolveu ajeitar os filhotes , pegou uma casinha velha forrou com paninhos e os colocou dentro da casinha deixando-a próximo de um rio que passava ali perto onde estava a Nega, no entanto a Nega continuou tomando conta do ninho vazio e o protegendo.
No Domingo a Marion me enviou um apêlo , a cadela estava na sua casa e o sofrimento da falta dos filhotes fez com que fizesse dois ninhos no jardim, se um dos cães da Marion passasse próximo dos ninhos eram atacados.
Procurando pelos filhotes descobriu-se que uma moça havia pego um , quando a localizaram ,descobriu-se que o filhote havia morrido , ela não conseguiu alimentá-lo.
Uma protetora ao ler o apêlo cruzou as informações , veja o seu lado da história:"
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"Então. Leyla, vou contar para você o meu lado da história.
Eu tenho um cunhado que mora no Jardim das Américas, na rua onde estava a casinha com os filhotinhos.
Na quinta à noite um senhor vizinho dele estava caminhando pela rua quando ouviu os gemidos dos cachorrinhos. Encontrou-os amarrados numa sacola plástica. Voltou para casa, falou para a filha dele e voltaram lá com a casinha e uns panos (não sei por que não levaram para a casa deles - com certeza medo de agir, de se comprometer...). Dos dez filhotinhos seis estavam vivos. Colocaram-nos na casinha e a moça - que sabia que meu cunhado tinha uma cunhada protetora (eu, é claro) - foi de meia em meia hora procurá-lo, mas como era aniversário dele, ele não estava em casa.
Na sexta de manhã a moça pegou o ônibus com a minha cunhada e contou a ela o que acontecera. A minha cunhada ligou para o meu cunhado, que resgatou os filhotinhos, colocou numa caixa com uma garrafa de água quente e um cobertor bem quentinho (eles estavam geladinhos, coitadinhos). Dai ele me ligou perguntando o que ele fazia.
Eu liguei para umas cinco protetoras que eu sabia que tinham resgatado cadelas com filhotes, mas não deu certo com nenhuma para eu levar os bebezinhos para mamarem. Daí liguei para uma protetora que ajuda um abrigo, ela me deu o nº do cel da responsável pelo abrigo, liguei para ela e ela tinha cadelas amamentando que poderiam servir como mães de leite. Daí liguei para quem coleta doações para a ong e vai todo dia para o abrigo, peguei os cachorrinhos na casa do meu cunhado e me encontrei com o ele. Ele levou os bebezinhos e dividiu-os entre duas mãezinhas, mas ela achava que eles não iam se criar porque eram muito novos e não estavam mamando.
Na segunda cedo recebi o e-mail de vocês dizendo que tinham matado os filhotes da Nega, que alguém os tinha largado numa casinha velha sobre uma ponte no Jardim das Américas. A história era exatamente a mesma que eu já conhecia: meu cunhado resgatou os bebezinhos de dentro de uma casinha velha sobre uma ponte próxima à casa dele. Juntando as coisas, só podiam ser os bebezinhos da Nega. Liguei para sua casa e alguém me disse que você estava passeando com amigos do Maranhão. Liguei para seu celular várias vezes e você não atendeu. Daí procurei o telefone da Marion na internet, achei e liguei para ela. Expliquei toda a história, dei o cel da responsavel pelo abrigo para ela combinar como levaria a Nega até os filhotes. E, pelo que você me disse hoje, ela a levou ontem mesmo.
Hoje ainda não falei com a reponsavel do abrigo e nem com a Marion, não sei como foi a reunião da família da Nega, mas gostaria muito de saber. Se você conversar com a Marion, gostaria de ter notícias.
MInha filha tirou fotos dos bebezinhos antes de os entregarmos , mas está no cel. dela. Quando ela chegar em casa vou pedir para ela baixar as fotos no meu computador para eu poder passá-las para vocês.
Espero sinceramente que esta história tenha tido um final feliz. Muito obrigada por tudo. Beijo."
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"O final felizmente agora feliz:
Foi solicitado que levasse a Nega até os filhotes, e a deixasse numa casinha com os filhotes para que os amamentasse.
Como os mesmos estavam com cheiro das outras mães , ficou-se em dúvida se iria rejeitá-los, mas segundo uma funcionária ela iria se adaptar e amamentaria os filhotes,era só questão de tempo , foi colocado um pouco o leite da Nega em cada filhote e dito que poderiam ir embora que ia dar tudo certo.
Dias depois soubemos que a cadela não só rejeitou , mas apavorada com a quantidade de animais do abrigo batia na porta desesperada,quando abriram a porta ela fugiu para o mato que fica em volta .
Quinta-feira passada conseguiram no abrigo resgatá-la, mas apavorada e com muito medo devido a quantidade de animais não só dava murros como estava comendo a porta.
Marion e Rogério foram buscá-la na sexta-feira , a alegria da cadela ao ver a Marion foi tão grande que durante mais de 10 minutos ela chorou no carro como pode-se constatar no video .
Hoje ela está feliz na casa da Marion e encontrou um amiguinho o Negão que aparece nas fotos e a segue por todos os lados( ele ja está castrado),aliás ele é o grude da Marion, esse cão foi atropelado e tem um olhar extremamente grato, até os clientes sentem o amor que esse cão transparece, tanto que ela desistiu-se de doá-lo, agora são dois grudes , o Negão e a Nega, por onde a Marion vai eles a seguem e correm em direção do carro morrendo de alegria quando ela chega , é muito bonito de ver o amor e a gratidão que eles transparecem.
Aproveito para deixar uma reflexão qualquer interferência deve ser feita com habilidade e bom senso e mito cuidado , no afan de ajudar essa cadela foi prejudicada por varias vezes, desde do momento que retiraram filhotes até no deslocamento dela para onde se encontravam os filhotes.
Claro que muitos tentaram fazer o melhor para ajudar , faltou conhecimento não só do animal como do local mais apropriado para ser abrigada,isso acontece porque somos seres humanos com erros e acertos, talvez mais erros que acertos .
Ouvi uma vez de um velho veterinário :"Cuidado ao interferir na natureza , faça o possivel para que sua interferência seja cuidadosa para não afetar tanto os animais".
Abraços Leyla"
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